O tema
predestinação absoluta versus livre-arbítrio
é algo crucial para entendermos plenamente a nossa relação com Deus, e sendo
ele a base da Teologia, especialmente da Escatologia é estranha a leviandade “o
assunto é polêmico”, discuti-lo se faz necessário, sendo esta a exata proposta
deste Blog.
DOUTRINA
DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINÇÃO ABSOLUTA VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO
a
Aproveito para agradecer de todo meu
coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais agora vinte e seis
Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados por milhares de
pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no
Brasil ─; e agora este, para o qual peço a mesma atenção. Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso
ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos)
específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são
produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres
humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que
visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como
indivíduos... Também informo que este Tema ganha presentemente a sua prioridade
e necessidade de maior e melhor avaliação ─ talvez mais didática e também e
incisiva devido à desinformação sobre este e outros assuntos ─, em função de
questionamentos com pouca fundamentação... Para acessar os demais, dos atuais
vinte e sete Blogs, basta clicar no endereço de cada um na lista transcrita
abaixo para acessá-lo.
INFORMAÇÃO
b
Ainda, vale à pena informar de
forma antecipada aos estudiosos de filosofia que possivelmente discordarão da
leitura que faço das obras de Platão nos comentários feitos neste e outros
Trabalhos ; que antes de estribarem-se
naquilo que têm aprendido sobre elas no decorrer da história quanto à autoria
atribuída a Platão, por exemplo: da “Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras
coisas atribuídas a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu
primeiro Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO ─ clicar link do perfil
do autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá ou na lista constante
do final deste Blog ─; no qual identifico o genialíssimo Platão como MODERADOR
CONTEMPLATIVO aquele que não emite opinião, nem modera de forma incisiva os
debates dos fóruns que criou em suas obras sobre vários assuntos e os legou a
nós, toda humanidade.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
(REITERAÇÃO INTENCIONAL)
c
Esta preocupação
tem o seu início na avaliação de prioridades quanto à questão lingüística,
quando de forma despropositada se promoveu a inócua chamada Correção
Ortográfica: sobre a qual escrevi o que segue:
Tenho ciência que ao postar o meu primeiro
Blog (bem anterior a este), de fato me tornei mais um formador de opinião nesta
Mídia, assim sendo, estou me permitindo fazer aqui (neste, que é o segundo,
assim foi naquele) uma jocosa crítica contra o chamado Acordo Ortográfico; ao
qual o Brasil se submeteu, como que, pacificamente, não tendo, ironicamente,
Portugal o aceite legal de transição de quatro anos como o nosso e sim de seis
anos e nem sei exatamente a situação dos demais signatários.
d
Embora “trema” ao
escrever o que segue, o fato é que estou de volta às minhas antigas idéias (não
ideias), enquanto (até 2013, que já se foi e continuo assim) a lei me permitir
─ continuo não me importando ─, para estar tranqüilo (não tranquilo) comigo,
justamente porque quero continuar a comer pão com lingüiça (não com linguiça) e
de igual modo, ser conseqüente (não consequente) com o que entendo como correto,
consistente e efetivamente lógico, cuja mudança vejo como inconseqüente e não
inconsequente. Porque de fato a presença do trema não é simplesmente um sinal
ortográfico e sim o que faz existir um fonema (grego Φωνń, som) perfeitamente
pronunciado (o “u”), ouvido e útil quanto a sua existência no “belofono”.
Também (como bons exemplos a serem seguidos), sabe-se que não há esse tipo de
acordo entre a Inglaterra e os Estados Unidos da América do Norte, nem essa
pretensa homogeneidade aqui acordada por nós, com os países de língua
portuguesa, entretanto, a língua falada nas duas importantes nações acima
citadas é o inglês embora pareça óbvio e redundante o que estou dizendo aqui
neste final de parágrafo, o fato é, que se insinuou esta necessidade de
equivalência como pressuposto para continuarmos como língua portuguesa.
e
De igual modo, parece-me
que não existe essa norma, no conjunto chamado Reino Unido e, outro fato muito
interessante é que a Alemanha convive tranqüilamente (não tranquilamente) com
uma espécie de babel de dialetos, sendo o idioma falado na Alemanha, o alemão.
Daí, como argüidor (não arguidor), querer saber se o Acordo Ortográfico (já de
fato lei no Brasil) é de direito e de fato realidade em todos os países
signatários... Vale à pena pensar seriamente e melhor nesse negócio chamado
Acordo Ortográfico até que chegue o ano 2013... Ainda continuo com a mesma
visão ruim sobre essa questão.
PRÓLOGO
I
1
Praticamente
em todas as igrejas que defendem o livre-arbítrio; sempre que alguém busca
debater (ou traz para discussão) o assunto predestinação absoluta na Escola
Dominical, os professores entram em pânico e impedem a todo custo a discussão
sobre o tema. De igual modo se for inquirida a maioria dos pastores destas
mesmas igrejas, quase sempre dizem que isto é heresia, no entanto não sabem
exatamente explicar biblicamente o que estão afirmando. O interessante é que a
recíproca é verdadeira no caso contrário os das igrejas que defendem a
predestinação absoluta, quando questionadas quanto ao livre-arbítrio.
PRÓLOGO
II
2
A
doutrina da Predestinação Absoluta foi
sistematizada pelo grande e importante reformador João Calvino (1509-1564), inclusive,
de alguma forma, incorporando-a a sua raiz anterior, a doutrina agostiniana da Iluminação Divina. Também sistematizou
ou deu efetiva forma à fé evangélica. Todavia, sem levar em conta Jacó Armínio
(1560-1609), que defendeu o livre-arbítrio em contraposição ao calvinismo, e abriu caminho para uma
série de ismos (as idéias sobre o
livre-arbítrio) a partir do seu nome, os vários arminianismos, de grandes outros líderes reformistas; com os quais também
não quero me envolver neste Estudo (nem com Armínio, reitero) e sim tão-somente
com Calvino e a Bíblia, pelo fato do meu interesse não ser o de defender o arminianismo e sim eu mesmo provar com a
Bíblia a plena regra do livre-arbítrio em oposição à predestinação absoluta.
Nele (neste Estudo) buscarei com base bíblica, filosófica, lógica, matemática e
com avaliação do que seria justo ou não, provar que a doutrina da Predestinação Absoluta não é regra
bíblica como defendeu Calvino que a sistematizou como tal, mas sim o
livre-arbítrio. Por este motivo vou refutá-la aqui neste Estudo e também
aproveito já que falei de Calvino o grande reformador , para dizer que precisaríamos, como que,
continuar ou inaugurar um novo processo geral de Reforma; no qual, de maneira
urgente também baníssemos do nosso meio uma série de outras coisas estranhas, que
nele penetrou e tem conseguido ser pior que as heresias existentes antes da
Reforma.
3
Reiterando,
a maneira didática como procurarei conduzir este Estudo, não irá contemplar o
uso das terminologias históricas desses assuntos, tais como: Soterologia
(Doutrina, Estudo da salvação), Monergismo
(Dependência somente de Deus para a salvação), Sinergismo (Participação também do homem na salvação), Pelagianismo (livre-arbítrio, relativo a
Pelágio), Semipelagianismo (idem a
Pelágio), Arminianos do coração e Arminianos da cabeça (idéias de outros
defensores), que julgo ─ o identificar essas idéias e seus autores, o tão-somente
identificar-se como bem informado do ponto de vista cultural ─, não acrescentar
elementos didáticos para melhor entendimento do assunto. Também refuto de
antemão a construção “arbítrio liberto” ou “vontade liberta” em detrimento da
denominação livre-arbítrio, que de forma etimológica e semântica define
exatamente o que é este direito dado a nós por Deus. Ainda, o elementar,
didático e fácil de constatar é que a graça de Deus para a salvação (Efésios 2.
8) é de igual modo, exatamente se fazendo uma leitura semântica correta, “o de
graça” (o que já foi pago por Jesus, Colossenses 2. 14-15). A leitura semântica
correta de tudo o que é bíblico ─ e até em qualquer obra escrita ─, tem sido e
continuará sendo para aqueles que não atentarem para esta importante coisa, o
grande entrave para o pleno entendimento do que se lê e estuda... Falarei sobre
isto no decorrer do Estudo.
DOUTRINA DA ILUMINAÇÃO DIVINA
E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA NÃO
4
As
considerações que fiz sobre o texto do capítulo treze da carta de Paulo aos de
Corinto em trabalho anterior, de alguma forma, elucidam e nos conduzem a
caminhar na contestação e abandono da sistematização agostiniana da chamada doutrina da Iluminação Divina.
Conversava com dois eminentes pastores; e quando
falava sobre o meu neologismo Concomitância
do Contraditório explicado com
detalhes no meu primeiro Blog com o título Considerações
Iniciais: ser gramaticalmente errado o “do”, porquanto aquilo que é
concomitante o é com ou a (caminha junto); o erro “do” preposição do
visa subordinar sine qua non o
contraditório às nossas conclusões ; citei e trouxe para constatação
que o texto sagrado contempla na sua trajetória de ensinamentos ou o que
entendo literalmente como revelação progressiva, que se completa no
ministério do Senhor Jesus, que Paulo chama de plenitude dos tempos, conforme
Efésios 1. 10, Gálatas 4. 4 e Tito 1. 3, como detalho no capítulo, O Batismo
Inaugural do Espírito Santo no livro ainda por editar O Mover do Espírito, do qual esse pequeno estudo faz parte como
subtítulo.
5
Estranhei, e fiquei surpreso, em ver que os irmãos
caminharam em identificar essa trajetória progressiva; que está dentro do que é
físico, e não do metafísico,
pois foram eventos e ensinamentos, que ajustaram a visão judaica do Antigo
Testamento à do Novo; e a confundiram com a doutrina da Iluminação Divina de Agostinho
(como se fosse parte disso), que,
inclusive, tem no seu pressuposto de roteiro a Alegoria da Caverna de Sócrates em Platão na sua obra
A República. Para qual idéia, o entendimento desses dois pastores, faria
pleno sentido a pergunta de Sócrates a Fedro, conforme a obra de Platão, Fedro, quando disse ─ Um homem que não conhece as verdadeiras
qualidades de cada coisa será capaz de perceber a maior ou menor semelhança
entre um objeto desconhecido e os que lhe são familiares?
6
Primeiro ─ A revelação progressiva histórica foi um
fato ─, porquanto após o sacrifício do Senhor Jesus e o início da sua Igreja
fundamentada na doutrina dos apóstolos aprendida do Senhor Jesus; não mais
foram ou são sacrificados animais para o perdão de pecados, que não tem nada a
ver com a chamada doutrina da Iluminação Divina,
sistematizada por Agostinho, que foi
uma espécie de raiz para se chegar a Predestinação
Absoluta de Calvino.
7
Segundo ─ É improcedente do ponto de vista bíblico
essa visão agostiniana da iluminação
divina, até porque, a sua base de fundamentação foi a alegoria da caverna de
Sócrates em Platão, que sofre reparos de otimização por parte de Paulo em I
Cor. Capítulo treze. O pressuposto de Sócrates em Platão quanto à alegoria da
caverna; é o maravilhoso estudar, conjeturar, raciocinar, debater e concluir
dentro do que é perfeitamente possível ao homem, esse maravilhoso animal
racional, e também um ser espiritual que é a imagem e semelhança do Deus
Criador; todavia, toda essa pujança do saber humano está e sempre estará aquém
da inescrutável sabedoria de Deus. No entanto, sendo o paradigma da alegoria da
caverna de Sócrates em Platão o pleno conhecimento humano que corresponde ao
estando na caverna (estado de ignorância), quando ao de lá sair representar o
ter chegado a esse conhecimento (o fim da ignorância) , que Paulo sentencia ser em parte; e de
igual modo, isto é a essência da filosofia de Plotino, que sistematizou o Gnosticismo oriundo de Sócrates em Fedon de Platão. Sendo esse o principal ingrediente da filosófica teologia de
Agostinho, que ajudou a também contaminar toda a Teologia Católica Romana, a Patrística e até a maioria dos teólogos
evangélicos pós Reforma, pois a influencia platônica foi plena até Tomás de
Aquino, cuja visão filosófica era aristotélica, a partir de quem e quando o neoplatonismo
começou a perder sua grande influência. Nesta agora, não revelação progressiva
(todo o encadeamento de idéias da evolução religiosa), porque a que me refiro
já se completara, e sim, esta outra, que é uma espécie de cadeia evolutiva (nesta
progressão) de agrilhoamento acadêmico-filosófico sem fim, que perpetua e cria
novas heresias.
8
Além disso, o texto sagrado decididamente não sanciona
a idéia de Iluminação Divina com os
contornos da sistematização de Agostinho, que é inclusive o pilar ou base da
também improcedente doutrina da Predestinação
Absoluta, que veio a ser sistematizada definitivamente por João Calvino. Se
você teve contato com Trabalho meu de como Paulo contestou e também usou
filosofia grega estará lembrando-se da avaliação que fiz dos versículos nove a
doze de I Coríntios capítulo treze e constatará que Paulo, na paráfrase feita
ali, usa também, e é isto um fato, a maravilhosa alegoria da caverna de
Sócrates em Platão; maravilhosa, sim, mas em parte, segundo Paulo, para mostrar
nesta paráfrase, que o referencial ou paradigma
não é o sair da caverna chegando ao conhecimento, e sim o Evangelho de Cristo,
que é o conhecer a Deus como somos “plenamente conhecidos por Ele” (I Cor. 13.
12d), que é também o conhecimento maior que o humano, o qual é em “parte”
(reiterando), como diz Paulo de forma enfática neste texto de I Coríntios
capítulo treze.
9
Para elucidar junto a você, essa nossa negação da
doutrina da iluminação divina de Agostinho: Pense primeiramente que o
livre-arbítrio no texto sagrado é regra plena, ler o livro Ceia, sim! Cruz, não! de minha autoria no qual mostro ser de fato
incompatível este entendimento e doutrina com os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos,
para ser aceito como regra bíblica.
19
Vou esclarecer melhor, pois já imagino que você possa
estar fazendo uma pequena confusão entre essa doutrina agostiniana e a ação do Espírito Santo do Senhor e o seu efetivo
ministério começado no Pentecostes ─ me perdoe, se esse não for o seu caso,
entretanto muitos não têm entendido essa coisa muito importante. Mas, se para
muitos, não deu para entender ainda? Vou prosseguir com maiores detalhes; até
pelo fato dos teólogos mais esclarecidos terem elegido o termo iluminação do
Espírito Santo para a correta leitura da Bíblia.
20
No livro do profeta Joel 2. 28-32 também Isaías 44.3,
Ezequiel 36. 27-29 Zacarias 12. 10 e Atos 2. 1-4 somos informados por Joel e os
outros profetas, o que aconteceria, e no livro de Atos temos o relato do
cumprimento dessa profecia, que também já havia sido reiterado pelo Senhor
Jesus, conforme João 16. 7-15. Nos dois textos; o de Joel, a promessa e o de
Atos, o início do ministério do espírito Santo, há um ponto muitíssimo importante
que é a promessa e a garantia da ação do Espírito Santo sobre toda a “carne” ou
literalmente sobre todos os seres humanos, que é explicado o porquê no texto do
evangelho de João 16. 8-11 ─ E quando
ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; do pecado,
porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o meu Pai, e não me vereis
mais, e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
21
As ponderações feitas até agora sobre a doutrina da Iluminação Divina e o efetivo ministério do espírito Santo, é para que
você não confundir uma coisa com a outra e acabar aceitando a tese agostiniana por parecer com o ministério
do Espírito Santo, que é identificado com o pleno livre-arbítrio e literalmente
pertinente com João 3. 16, que é o texto áureo da Bíblia, que nos permite criar
uma paráfrase, considerando João 8. 8-11 para o texto de João 3. 16: ─ Deus
tendo amado a todos os seres humanos; pagou os pecados desses, com a
vida do seu Filho e para que esses se arrependam; disponibilizou o seu Espírito
Santo, a todo o momento na vida desses, para que isto venha acontecer.
22
Para você entender as dificuldades de Agostinho, compreendê-lo
e não aceitar ─ como eu, a doutrina da Iluminação
Divina e a posterior Predestinação Absoluta.
A sua doutrina da iluminação divina, misturava ou dependia da predestinação
absoluta versus livre-arbítrio ─
um binômio incompatível ─, ou seja, a iluminação divina de
Agostinho não é você plena e livremente resolver aceitar a salvação, quando
lendo ou ouvindo a Palavra sendo ajudado no ouvir ou estudar, pelo Espírito
Santo. Mas sim, “um quase livre aceitar”, quando é Deus que determina
efetivamente se vai ou não te ajudar para a salvação ou te prejudicar para a
perdição; não há de fato essa afirmação literal de prejudicar, todavia aceitar
ou defender a prévia escolha para salvação ou perdição como regra, infere inevitavelmente
essa conclusão. O lamentável, quanto a esse conjunto de entendimentos que
infelizmente é verdade para denominações e líderes importantes; sendo,
exatamente o que fere o ponto mais importante de tudo isto, que é a graça; que
nos habilita a salvação. Esses pressupostos tornam a graça em “pseudo ou meia
graça”, como escolha ou até um prêmio, por não sei o que; só mesmo a
misericórdia de Deus, para entender tanta ambigüidade. Graça é sem nenhuma
etimologia grega versus português,
Jesus ter quitado plenamente a dívida dos pecados de toda a humanidade lá no
calvário, conforme Efésios 2. 8 sendo que esta graça já nos foi dada
indistintamente pela simples aceitação, e gratuitamente, da nossa parte, mas
pago pelo Senhor Jesus, Romanos 8. 1 e também Colossenses 2. 14-15 ─ e havendo riscado o escrito de dívida
que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o
do meio de nós, cravando-o na cruz; e tendo despojado os principados e
potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz.
23
Não vou fazer aqui um estudo profundo sobre essa
doutrina e a sua improcedência; até porque tenho que voltar imediatamente às
considerações sobre a carta de Paulo aos de Corinto e, também porque vou
explicar de maneira abrangente o que foi gerado por esse entendimento, a Predestinação Absoluta de Calvino,
todavia vou explicar melhor o que é a graça no texto sagrado e a graça nesta
doutrina.
24
Nela (nesta doutrina), a iluminação divina, a graça
corresponde ─ não a exata justificação em Cristo ─, e sim, através dessa iluminação, uma
espécie de robotização (seria se assim fosse) predeterminada por Deus a alguns
para que atinjam a salvação, e por conseqüência a perdição àqueles que não a
receberem; pois o pressuposto dessa doutrina, embora esteja envolvido numa
“auréola” agostiniana do Deus excessivamente amor, a partir de uma questão mal
resolvida entre Agostinho e o maniqueísmo;
na qual observamos que a contaminação do seu contato de fato com essa seita e a
valorização exacerbada dada por ele aos conceitos socráticos em Platão contribuiu tremendamente para a
ambigüidade dessa doutrina. Que conclui que tudo o que nos conduz à salvação ─ algum
de nós ─, depende unicamente de Deus;
pois o livre arbítrio muito claro em todo o texto sagrado, através da proposta
de opção ou escolha feita a nós por Deus é relativo, e só na direção do ávido e
único desejo de pecar, sendo o não pecar obra exclusiva dessa iluminação, ou
seja, o livre-arbítrio de Agostinho e seus seguidores; é algo semi, ambíguo,
relativo, ou sei lá o que é o livre-arbítrio para essas correntes de pensamento?
24
Paulo diz em Efésios 2. 8 ─ Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;
não vem das obras, para que ninguém se glorie... Paulo, o grande
sistematizador teológico do Novo Testamento, explica de maneira muitíssimo
clara o que é a graça e os seus efeitos em Romanos 5.1-11, esse texto já foi
reproduzido anteriormente, buscando informar a coerência da sistematização de
Paulo que de forma plena é associada à justificação ou como já está documentado
acima em Colossenses 2. 14-15, texto grafado antes deste de Efésios 2. 8, que
identifica de maneira contundente, o substantivo “graça” ─ que é favor
imerecido com o também substantivo “justificação”, que não torna nada engraçado
(adjetivo) e sim justificado (também adjetivo). Ainda, é triste e nada
engraçado que a justificação que Deus deu gratuitamente (pela sua graça) a toda
raça humana como regra, por intermédio do sacrifício do Senhor Jesus na cruz
(João 3. 16); possa ser entendida como parcial através da doutrina da iluminação
divina, que torna os que não a têm e também não terão opção de escolher a
salvação; como literalmente “desgraçados”, ou seja, diferentemente, a graça é
universal e absoluta.
25
Leia toda a carta de Paulo aos Romanos, que ajudará a
entender melhor a questão graça, e também todo o Novo Testamento; e quanto ao livre-arbítrio,
que é regra clara no texto sagrado e a predestinação, que é exceção no que a
Bíblia ensina; que especificamente têm-se estes textos que a evidenciam:
Provérbios 16. 4, Romanos 8. 29-30, Efésios 1. 4-5, Efésios 1. 11, II Tessalonicenses
2. 13 e I Pedro 1. 2, os quais explicarei com detalhes quando tratar da Predestinação Absoluta de Calvino, nas
suas nuances etimológica e semântica.
26
Querendo você entender melhor essa questão
predestinação; leia o livro Ceia, sim!
Cruz, não! de minha autoria; que num estudo sério e sintético, mostra o
livre-arbítrio como regra clara na Bíblia, convivendo de maneira ótima e
pertinente com a Predestinação Eventual Específica
(exatamente diferente da absoluta),
que é a que cumpre profecias, sendo exceção. Até porque ela é “eventual e
especifica”.
27
Concluindo essa pequena ponderação sobre a doutrina da
Iluminação Divina; afirmo
que decididamente o livre-arbítrio pleno é regra clara na Bíblia,
conseqüentemente a predestinação absoluta insinuada por Agostinho e
sistematizada por Calvino não procede como regra e sim exceção, conforme
demonstrei em meu livro anterior; porquanto sendo o livre-arbítrio a verdadeira
regra bíblica ─ a predestinação só pode existir como exceção ─; quando aconteceu e acontece em um
pequeníssimo número de pessoas, as quais estão ou estarão intrinsecamente
ligadas a uma determinada profecia, sendo essa a causa dessa e de qualquer
predestinação, que invariavelmente se cumpre na sua hora, dia, mês, ano, lugar,
evento e pessoa, daí a denominação que lhe dei, de “Eventual e Específica”.
PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA NÃO
28
Antes de dar prosseguimento ao que chamo de evolução
da doutrina da Iluminação Divina de
Agostinho, a Predestinação Absoluta
sistematizada por Calvino, vale a pena lembrar-se de antemão ─ e isso será reiterado por mim ─, que a
primeira e principal prova de ser o livre-arbítrio, a regra bíblica para o
comportamento dos seres humanos, foi o fato da queda de Satanás e dos anjos que
o seguiam terem se rebelado contra Deus ─ exatamente por terem o
livre-arbítrio. Isso aconteceu antes da criação do homem; que também, desde a
sua criação teve ─ como todos nós temos hoje, o livre direito de escolher entre
o obedecer ou não a Deus. A partir disto, vale à pena lembrar e esclarecer, que
o livre-arbítrio não tem nenhuma relação direta com a liberdade de fazermos o
que quisermos sem as penas da condenação quando da feitura do mal ─ como algumas correntes têm explicado, que
assim não sendo, não existiria de fato o livre-arbítrio. Conclusão infantil,
nada inteligente do ponto de vista lingüístico, conseqüentemente heresia
segundo a Bíblia. Porque livre-arbítrio ─ entendam os que não têm tido
capacidade para entender este elementar fato
; é em última análise poder fazer algo proibido ou não, e sendo para o
errado, conseqüentemente demandará as penas da lei; totalmente diferente do não
poder cognitivamente intentar e fazer o que é proibido e errado, que é o estar
predestinado e programado a só agir de uma predeterminada maneira.
29
E como costumo dizer: o livre-arbítrio foi e é coisa
tão séria; que demandou a existência de alguns predestinados (que chamei e
chamo, de eventuais específicos), como aparecem no texto bíblico ─ que citarei na contraposição à Predestinação Absoluta de Calvino, no
decorrer deste Estudo.
30
Avançando um pouco mais sobre essa questão: Todo o
extenso trabalho de sistematização de Calvino sobre a predestinação sancionado
no sínodo de Dort, realizado a partir 13 de Novembro de 1618, em oposição ao armianismo (Jacó Armínio 1560-1609) ─ que na realidade foi uma reedição da anterior
polêmica entre Agostinho (345-430) e Pelágio (360-420) ─, que discorre sobre os cinco pontos, que
são: 1º Total inabilidade humana para a salvação, 2º Eleição
e escolha incondicional, 3º Redenção particular, 4º Chamada eficaz do Espírito ou Graça
irresistível, 5º Perseverança
dos santos ou segurança dos crentes.
Dos quais vou fazer rápida avaliação sobre o primeiro e o segundo (os outros
três não será preciso avaliá-los no momento) que usam indevidamente “eleição e
escolha” como base de fundamentação; que pressupõem optar “por este ou estes”
em detrimento ou oposição “a outro ou aos outros”; não levando em conta o fato
absolutamente verdadeiro de que o pressuposto de predestinação remete para
eventos no pré-natal onde e quando se daria a predeterminação do futuro
pós-natal dessa pessoa ou no caso específico, para antes da fecundação ─ o
momento em que o indivíduo ainda não existe. Que dentro da visão calvinista o que teríamos seria: fecundados dois ou mais óvulos, Deus
começa a iluminar por meio do seu Espírito Santo, um desses seres em formação,
que a estatística tem mostrado ser o número de salvos menor que o de perdidos,
isso, entendo, pela maior “opção” pelo erro, e não em função efetiva da
predestinação; predestinando-o para a salvação e os outros que não teriam essa
iluminação ─ por conseqüência, passarem pela gestação e após os seus nascimentos
irem crescendo ─ independente das suas formas de viver ─,
serem remetidos inevitavelmente para a condenação eterna, inclusive considere
para a sua avaliação dessa doutrina, o período da absoluta inocência na
infância, conforme Mateus 19. 14, Marcos 10. 14 e Lucas 18. 16, destes, que
nesta visão, seriam bilhões de pré- cidadãos do inferno ─ sendo isto o que, por
conseqüência, infere essa doutrina.
31
Embora eu não pretenda discutir profundamente este
assunto predestinação, pois, quero fazê-lo futuramente de maneira plena em
livro e de forma mais abrangente (inclusive os outros três pontos), todavia, como
já informei; vale à pena e é até necessário que se avalie as implicações da
doutrina do livre-arbítrio e a da predestinação absoluta em função das
ponderações feitas ao final do parágrafo anterior, que reclama explicações e
respostas para o período da infância ─ que é de total inocência, de nós seres
humanos quanto à salvação ou a perdição.
32
No caso do
calvinismo quanto à predestinação absoluta a coisa fica muito séria e até
despropositada e sem nexo, porquanto como poderemos atribuir “depravação total”
a um bebê ou infante ou ainda por inferência, a sua certa condenação e ida para
o inferno? Continuando, e considerando tão-somente o pressuposto da depravação
total, teríamos para o bebê e o infante uma espécie de lugar comum; quando
aqueles, os predestinados para a salvação não teriam ou não poderiam usufruir a
dita iluminação divina, pois ela é exercida cognitivamente pelo crer em Jesus, o
entendimento racional que não cabe aos infantes, nessa doutrina da predestinação
absoluta teria que inferir o previamente já estarem condenados como os
predestinados para a perdição.
33
Considerando a doutrina do livre-arbítrio (que não a
tomo de Jacó Armínio e dos seus demais seguidores e sim do texto sagrado), a
qual defendo e busco provar ser regra bíblica; não haverá nenhum problema para
este universo de inocentes, que ainda não podem fazer a necessária escolha; que
ao seu tempo exercerão esse direito dado por Deus em optar ou não pela salvação
em Cristo Jesus. Mas a Bíblia fala de maneira clara e objetiva em predestinação,
que já tenho explicado ser exceção e não regra, que se fosse colidiria
frontalmente com o livre-arbítrio, que o é; tendo eu, desde o meu primeiro
livro a denominado de Predestinação Eventual
Específica, que é específica e
eventual por ser a que cumpre profecias no seu tempo, lugar e pessoa.
34
Preste bem a atenção a este e o parágrafo seguinte, no
qual, procurarei responder à questão do predestinado eventual específico, que
irá até o fim de sua vida praticar o mal; por conseqüência um perdido, e considerando
o seu período de vida na faixa etária da plena inocência. Em primeiro lugar
entendamos de forma inteligente que ninguém é preliminarmente predestinado por
Deus para a perdição sendo que isto, que estou dizendo agora fere de maneira
contundente a doutrina da predestinação absoluta; pois os poucos
predestinados que cumprem profecias que também terão que passar pela idade da
inocência ─ que não haveria nenhum problema quanto a isto, porquanto se foram
predestinados para cumprir determinada profecia, não morrerão na fase da
inocência ─, foram, como tenho reiterado, predestinados, não para a salvação
ou perdição e sim para cumprirem profecias; porque os que têm
livre-arbítrio podem não querer ser aquela pessoa por quem essa ou aquela
profecia irá se cumprir, principalmente se for para o mal, que teria como
conseqüência a perdição eterna... Não sei se o explicado por mim neste
parágrafo lhe fez entender a importância e gravidade do livre-arbítrio; que por
ser tão sério demanda a necessidade por parte de Deus de predestinar alguns que
terão que cumprir profecias dadas (informadas) com séculos de antecedência,
como é o caso das profecias bíblicas.
35
No caso deste predestinado eventual que pratica o mal,
que corresponderia literalmente ao caso de Judas Escariotes (Salmo 41. 9,
Zacarias 11. 13, Atos 1. 18-20 e João 17. 12b), que como todo ser humano passou
pela fase etária da infância da plena inocência. Nesta fase (na de Judas e de
outros que praticam e praticarão o mal) aconteceu ou acontece o que muitos de
nós poderíamos considerar como injusto ─ se não levarmos em consideração que os
predestinados eventuais específicos,
o são, para cumprir profecias ─ que só acontece depois na idade da plena
consciência ─; ou ainda, tanto no caso
desses predestinados que irão cumprir
profecias para o bem, como os que cumprirão para o mal, existe a constatação de
que eles (os predestinados) têm parâmetros, ou melhor! Valores ou números;
muito pequenos e estas pessoas, mesmo na sua fase da inocência, são aqueles
predestinados específicos que cumprirão profecias; que no final deste estudo
mostro ser da escala proporcional de frações da ordem de 0,0000001, milionésimos;
se projetando para bilionésimos na evolução das gerações... Estudo sério quando
trata de pessoas, tem que ir até a fundamentação matemática.
36
Considere também, que se a menção que fiz nestes
parágrafos acima fosse elaborada considerando tão-somente os predestinados que
cumpriram profecias praticando o mal, quando em conseqüência iriam para o
inferno; no entanto, a projeção numérica que usei ─ que está completa no final
deste Trabalho ─, foi construída levando em conta todo o universo (conjunto)
dos predestinados eventuais específicos, que cumprem as profecias para o bem e
para o mal. Que considerando os exemplos dos
predestinados eventuais específicos: Jeremias, João Batista, Judas e Paulo;
tem-se para três deles; Jeremias, João Batista e Paulo, a associação com os que
serão salvos, e Judas com a dos perdidos. Se você percebeu a conseqüência numérica
disto; exatamente constatou que a relação proporcional entre eles é a de 4 para
1 ou os salvos são três quartos do conjunto dos predestinados eventuais
específicos, e os perdidos correspondem a um quarto deste conjunto; que infere
entender objetivamente que os predestinados que cumprem profecia para o mal.
Além de já fazerem parte de um número bem reduzido de pessoas, que são as que
têm ou terão ligação efetiva com profecias (os predestinados); pela amostragem
literalmente verdadeira das quatro pessoas que citei acima e citarei ao final;
serem os predestinados, que entenderíamos como os prejudicados (os que cumprem
as profecias para o mal), também serem em número de 25% do já pequeníssimo
número desses predestinados eventuais, que é o pequeno conjunto de pessoas da
exceção à regra do livre-arbítrio dos bilhões de pessoas que Deus quer salvar
pela livre opção por Cristo Jesus.
37
Não me cobre no momento um detalhamento maior sobre
este assunto neste pormenor. Entretanto lhe digo de maneira objetiva como já
tenho feito em outros trabalhos sobre este mesmo Tema, que sendo o
livre-arbítrio de fato a regra bíblica que rege a nossa relação com Deus, é
fácil concluir inteligentemente, que sendo o livre-arbítrio o exercício
intelectual de escolha (opção) de cada individuo; isto não poderá ser feito por
aquele que ainda esta na fase etária da plena inocência, conseqüentemente há
aqui uma perfeita conclusão lógica; que você poderá me cobrar que gostaria de
melhores explicações; que lhe demonstro de maneira lógica, didática e bem
simples: Quanto aos predestinados eventuais específicos que cumprem profecias
para o bem; creio não ser preciso explicar o lógico destino deles para a
salvação e não haver controvérsia quanto ao período da plena inocência
deles ─ que morrendo nesse período, isto
não implicaria em nada controverso. Reiterando, o predestinado para cumprir o
mal, não o é ou será para fazer exatamente o mal ─ o que estou dizendo não se
trata de sofisma ─, e sim para cumprir
uma determinada profecia que implica em maldade; e óbvio é que em nenhuma
criança na plena inocência se cumpre profecia de fazer maldade, ou até o bem,
também nenhum predestinado eventual para cumprir profecia para o mal, morre na
plena inocência antes de cumpri-la, cujo número de pessoas nesta situação é
ínfimo, conforme o número da projeção construída por mim acima e no final do Estudo.
E para que não fique em branco o contexto bíblico quanto a essa conclusão,
citarei dois textos que são de fato para legitimação da Predestinação Eventual Especifica e não para a Predestinação Absoluta de Calvino,
que são: Provérbios 16. 4 ─ O
Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal. E também o
texto de João 17. 12 ─ (...), nenhum
deles se perdeu, senão o filho da perdição (Judas), para que se cumprisse a Escritura.
38
Voltando à questão objetiva que envolve os
substantivos eleição e escolha. Quanto a estes substantivos; como já ponderei
acima, eles pressupõem a comparação entre indivíduos de um grupo, onde um deles
seria “escolhido ou eleito” em detrimento do outro ou outros. Isto, este
entendimento agostiniano-calvinista
ou essa doutrina, leva para o momento em que um ser humano está começando a ser
formado (fecundação, gestação e parto), Deus o estar escolhendo ou o elegendo
em detrimento de outros; não sabemos: se os que crêem na predestinação absoluta
talvez possam explicar se aleatoriamente, se em função de proporção numérica,
se pela filiação, raça, condição socioeconômica, nacionalidade, se pela
religião dos pais, visão política ou conduta moral dos pais ou dos parentes?
Que é determinado aquele escolhido ou eleito (agraciado) e concomitantemente,
pelo abandono, os desgraçados que irão para o inferno. Seria ou teria que ser
de fato assim queira ou não os que crêem em Predestinação
Absoluta.
39
Embora reconheça o valor dos reformistas, tenho muito
a lamentar quanto à valorização exacerbada dada às suas conclusões, que teriam
que ser consideradas dentro do conceito de transitoriedade e passível de
revisão e aperfeiçoamento, até porque a reforma marcou ou marca a volta ao
efetivo e verdadeiro estudo bíblico, principalmente quanto à visão de regra de
sistematização. Que decididamente não tem nada ver com a exacerbação da chamada
raiz lingüística (etimologia) e sim com a hermenêutica, dos fatos, da cultura,
da política, do contemporâneo, das figuras de linguagem e de modo especial da
semântica, que transcende em muito ao etimológico. Quanto à semântica; o Senhor
Jesus trabalhou diversos ensinamentos em função dela, sendo o da parábola do
“bom samaritano” (Lucas 10. 25-37), um dos grandes exemplos do seu uso.
Literalmente (no etimológico) um doutor da lei perguntou a Jesus, quem seria o
nosso próximo. Do ponto de vista literal e etimológico, sabemos ser aquele que
está próximo de nós e vice-versa. Também o Senhor Jesus poderia ter dito isto,
todavia não o fez pela sua sabedoria e não ser prolixo como eu. Próximo,
substantivo, como também; próximo, adjetivo; é cada um de nós em relação a
outro. Entretanto, Jesus criou uma pequena história (parábola), onde três
personagens, qualquer um deles poderiam ser o “próximo”, e constrói ser aquele
sobre quem havia o pior conceito para os judeus, o que se mostrou humano e
compassivo, e arremata, devolvendo a pergunta: qual daqueles três foi o próximo
do homem que fora assaltado? Num entendimento que transcendeu ao literal e
etimológico, todavia perfeitamente semântico e didático, tanto que, o doutor da
lei entendeu e plenamente aquiesceu ao que Jesus buscou mostrar. Colocando mais
um pouquinho de didática e principalmente semântica nisto: o substantivo e
adjetivo “próximo”, usados nessa parábola, mostram no desenvolver dela, algo
muito interessante ─ o homem assaltado; próximo, substantivo, como o samaritano
─, viu passar por ele, o também próximo substantivo, o sacerdote; logo em
seguida passou o próximo (adjetivo), que de igual modo era também próximo
substantivo, o levita; e por fim, ele foi socorrido pelo próximo (adjetivo), o
samaritano, também substantivo. Sacerdote, levita, samaritano, substantivo, ou
adjetivo... Decididamente, a questão não é, e não será a do etimológico. Jesus
mostrou isso plenamente; e sim o plenamente semântico, presente na maioria das
interpretações bíblicas, quando conduzidas por uma hermenêutica
inteligentemente trabalhada em todas as suas vertentes necessárias.
40
Trabalhando um pouco mais essa questão semântica.
Jesus, quando questionado pelos saduceus ─ que não criam em anjos e em
ressurreição ─, eles usaram uma história sobre os sete casamentos de Sara do
livro apócrifo de Tobias 3. 7-10, fundindo isso ao que preceituava a lei quanto
à obrigação do irmão casar com a cunhada, cujo irmão não lhe gerasse filho e
falecesse (Gênesis 38. 8), que inclusive gerou o termo científico para o coito
interrompido intencionalmente: de Onanismo.
Objetivamente de início o Senhor Jesus respondeu algo que eles não perguntaram
que foi sobre anjos, justamente por causa dos saduceus que não criam em
ressurreição e em anjos, quando disse: pois
na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os
anjos no céu (Mateus 22. 30, Marcos 12. 25 e Lucas 20. 35-36), quando
objetivou a falta de conhecimento deles, também quanto a anjos. Por fim, de
forma contundente o Senhor lhes explica de maneira didática, chamando-os e a
nós, para o entendimento semântico de que a ressurreição era algo verdadeiro e
até; senão implícito? Ou implícito e explícito não entendido como tal como o
foi para mim por muito tempo o texto citado por Jesus, portando como registrou
Moisés (Êxodo 3. 6), e como Jesus explica, conforme Mateus 22. 31-32 ─ E, quanto à ressurreição dos mortos, não
lestes o que foi dito por Deus: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o
Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos.
Obviamente, quando Deus dissera que era Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó,
“implicitamente estava dizendo de forma explícita” com redundância provocativa
e intencional; que os três e todos que O amavam embora tenham morrido
ressuscitariam. Quando Jesus explica que a forma semântica de usar o verbo ser
no presente do indicativo, para um relacionamento de Deus com aqueles no
pretérito (passado), implicava, como essa fala explícita, a posterior ressurreição
deles e de todo aquele que crê em Deus, e aceita o seu Filho Jesus como eterno
salvador. Ou o que fora dito por Moisés (1500 anos a.C.) tinha a pré-informação
de que todos ressuscitaram. Quanto a essa informação, confesso que por muito
tempo não me ative a isto que estou explicando aqui, quando tão-somente via e
entendia a ressurreição registrada em Isaías 26. 19 (760-698 a.C.) e Daniel 12.
2 (603-534 a.C.). Reconheço que só evoluímos no conhecimento da Palavra e no crescimento
espiritual à medida que estudamos e dependemos do Espírito Santo do
Senhor.
41
Paulo, fala sobre a questão semântica “letra” usando o
etimológico em II Coríntios 3. 6 ─ o
qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra,
mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. Este
texto é parte de toda uma explanação dele sobre um melhor estudo do texto
sagrado; no qual, usa a figura do véu usado por Moisés quando desceu do monte,
objetivando que a interpretação bíblica, demanda dependência do Espírito Santo,
que se traduz ao final, no que transcende ao etimológico, ou objetivamente a
semântica, que fora usado por Jesus e os demais discípulos nos seus
ensinamentos. E se você não quiser entender assim, pelo fato dos pregoeiros da
ignorância textual e valorização das falsas revelações usarem este texto para
se contrapor ao estudo sério da Bíblia, leia os textos que vou listar do livro
dos Atos dos Apóstolos, cujo mais importante deles é o de Atos 17. 11, Atos 11.
26, Atos 13. 15-16, Atos 15. 20 e 29, Atos 17. 2-3, Atos 18. 4, Atos 18. 19-20,
Atos 28. 23, no mais, tudo que se sabe sobre Deus, nós os aprende-se na letra
das Escrituras e de modo específico nas cartas de Paulo, numa das quais (II
Coríntios) aparece escrito em letras (obviamente) o texto acima; aprendamos como
estudar a Bíblia. Ainda quanto às figuras de linguagem e principalmente a semântica,
se recorrermos aos dicionários da nossa língua, exatamente quanto ao
substantivo “mão” ver-se-á um amplo universo para o entendimento dessa palavra;
outro fato muito mais importante nessa direção é o feito em Voltaire, no seu Filósofo Ignorante, subtítulos׃ O espírito, e O falso
espírito; no qual, ele trabalha ostensivamente as diversas figuras de
linguagem, e de um modo especial a questão etimológica e semântica; inclusive,
citando vários trabalhos de outros autores, quanto ao uso desse substantivo (o
espírito, que também é amplo nas suas equivalências nos dicionários) em várias
línguas, num trabalho extenso e quantidade de casos que até surpreende ─ embora
me alegrando sobremaneira, o como ele valorizou essa coisa tão relevante,
principalmente considerando o importante para estudo de teologia, o substantivo
espírito; concomitantemente me entristeço ao ver que os teólogos não têm
atinado de maneira objetiva para a importância das figuras de linguagem e
principalmente quanto à semântica como o fez Voltaire, um filósofo; quando
optam de maneira exacerbada pelo etimológico, como se vê na preocupação e
valorização indevida dada às línguas originais, hebraico e grego em busca do
“frio etimológico”, que na maioria dos casos está convenientemente adaptado a
uma construção semântica, facilmente identificada na construção de todo o texto
em qualquer língua. Um melhor detalhamento sobre esse texto de II Coríntios 3.
6, já foi feito no subtítulo Filosofia I
(continuação).
42
Levando-se em conta o etimológico que foi e é a regra
dos católicos, foi a dos reformistas e infelizmente continua nos Seminários
evangélicos, poder-se-ia considerar predestinado (adjetivo ou substantivo) como
terminologia própria para se discutir esse assunto que é qualidade ou efeito sofrido
─ no sentido bom ou ruim, por um indivíduo. Já o eleito, ou escolhido têm as
mesmas vertentes aqui na direção exclusiva do bom para o eleito, só que a favor
de alguém em detrimento de outro ou outros, é assim que funciona escolha ou
eleição necessariamente considerada a etimologia; o que estabelece para essa
conjectura uma confusão pouquíssima inteligente até para a avaliação e
conclusão de nós seres humanos.
43
Considerando o primeiro ponto dessa doutrina, temos o
pressupor radicalmente a “total inabilidade do ser humano para agir
corretamente” ─ no entanto, a Bíblia não vê as pessoas assim ─, mas
diferentemente, como uma predisposição maior para o erro, que sempre se tem mostrado
na estatística, como tem-se visto e claramente sancionada em vários textos
bíblicos, tais como, Mateus 7. 13-14, Mateus 22. 14, Lucas 13. 22-27, de igual
modo, mais os dois textos seguintes ─ também citados por Calvino, Romanos 8. 7
e Tito 1.15, que de maneira discursiva evidenciam: não a total inabilidade para
optar, e sim uma grande predisposição para pecar. Agora observem e avaliem a
argumentação dos que crêem em predestinação absoluta ─ assim deve ser feito sempre ─, quando dizem quanto à pretensa
inabilidade, ter a sua fundamentação os textos bíblicos listados. Se isso fora
verdade, então teríamos um problema muitíssimo sério ou efetivamente insolúvel,
pois se a Bíblia, segundo a interpretação dessa doutrina, informa de fato a
total inabilidade humana para optar pela salvação; sendo que esse fato anularia
a predestinação para a salvação ─ não adiantando apelar para dizer que essa
predestinação é ou permitiria também a “iluminação divina” que habilitaria a
alguns serem salvos ─, porquanto, do
mesmo modo, se o texto sagrado ensina a total inabilidade, isso infere ou inferiria
o não existir predestinados ou iluminados, pois todos estariam numa mesma condição,
que seria comum a todos indistintamente. Entendendo o explicado pelos defensores dessa doutrina quanto aos
inábeis que se tornam hábeis pela iluminação, concluiríamos também que o texto
sagrado não nos vê assim, e pelo contrário, a dita inabilidade total, nessa
leitura errada desse entender, não é a impossibilidade de optar pela salvação e
sim a dívida que pesa sobre todos nós; onde esta inabilidade de questão
plenamente semântica significa ou se traduz numa dívida contra nós escrita na
própria palavra, da qual Cristo tornou-se o credor, como nos mostra Paulo em
Colossenses 2. 13-14 ─ e vós, quando
estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos
vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos e havendo
riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o
qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.
44
Quando faço essa simples e objetiva inferência ─ e vou
fundamentá-la melhor no segundo parágrafo mais a frente, que denominarei de
“axioma do contraditório reversível”. Entendamos melhor essa verdadeira
inferência... Se for verdade que o texto sagrado de fato ensina: como afirmam
os defensores dessa doutrina; na qual é clara a informação da total inabilidade
humana, observe aí novamente a inferência, então não resta ou restará nenhuma
especulação no antes da “fundação do mundo”, que nesta visão de inabilidade
dentro deste fato semântico, seria não, Deus criar-nos para a sua adoração e
sim um pouco mais à frente, após a fecundação, gestação e parto; o ser humano
seria e se revelaria inábil e ponto final, ou alguns não são inábeis ou então a
Bíblia não estaria falando deles ou ainda; hábil e inábil é a forma retórica de
se explicar e legitimar um sistema que se pretendeu implantar, sem a efetiva base
bíblica e a carência da racional fundamentação.
45
A extensa lista de passagens (ás vezes um errado
indutor de credibilidade) da Bíblia usadas para fundamentar esta dita
inabilidade naquele Trabalho sobre a predestinação absoluta de Calvino, no qual
contempla ou estão contidas nela os textos que listei aqui para mostrar a
questão estatística. Quando se poderá entender agora objetivamente, o quanto é sério
o estudo do texto sagrado; pois a partir de informações que visam mostrar de
maneira clara e objetiva a predisposição humana para o pecado ─ sendo isso
detalhado de forma didática de Gênesis a Apocalipse ─, não deixando inclusive a
mínima margem para entender essa predisposição humana para o pecado como total
inabilidade por não conseguir optar por salvar-se. Salvação esta, que nos é
concedida gratuitamente (Efésios 2. 1-10), através da opção em aceitar a Cristo
como salvador. Habilidade que se traduz na quitação da dívida de cada um de
nós, assumida por Ele, Jesus. Sendo repetitivo e objetivamente didático׃ A inabilidade, usando esta terminologia do calvinismo, não pode ser entendida assim
e sim a que nos é ensinada de maneira clara no texto sagrado, e foi
sistematizada de maneira simples por Paulo em Romanos 5. 12-18, quando neste e em
outros textos é claro que esta pretensa inabilidade ─ que é exatamente a potencial habilidade
condicionada ao pagamento da nossa dívida por Jesus na cruz ─, não tem nada a ver com não poder optar
pela salvação, que é plena verdade bíblica (João 3. 16, Romanos 10. 9-11). Habilidade
para salvação no texto sagrado é exatamente “perdão dos pecados, que nos torna
aptos a receber a Cristo para a salvação.” Inabilidade ou não ter capacidade
para aceitar a Cristo como salvador,
não é doutrina bíblica cristã; diferentemente a Bíblia ensina ser esta dita
inabilidade exatamente: a “divida” oriunda do pecado de cada um de nós, que faz
separação entre nós e Deus ─ se quiser pode chamar de inabilidade ─, todavia com uma leitura semântica
diferente, porquanto entre nós e o Pai, ela desaparece quando paga pelo
sacrifício do Senhor Jesus na cruz (Colossenses 2. 13-14), e para ficar mais verossímil
some a este texto o de Isaías 59. 1-2 e muitos outros.
46
Não vou caminhar ostensivamente em todo o detalhamento
sobre os cinco pontos dessa doutrina sistematizada por Calvino, que neste
pequeno comentário já estou concluindo sobre o primeiro ponto, e comentarei de
maneira rápida sobre o segundo ponto, porque este Tema embora importantíssimo
não é ou tem como objetivo esgotar aqui
o assunto e sim que todos nós o discutamos, mas, como já pode ter sido constatado; sobre o terceiro
ponto: Chamada eficaz do Espírito ou graça irresistível, isto foi
feito nos comentários iniciais deste
subtítulo sobre o também subtítulo Graça
e... Ou predestinação no Trabalho de Agostinho sobre a chamada doutrina da Iluminação Divina.
47
Concluindo o comentário sobre o primeiro ponto. Tem-se
na sistematização de Calvino sobre a inabilidade humana quanto
ao optar pela salvação, um “axioma contraditório reversível” (incoerência e
alto nível), quando, decididamente, não poderá precisar-se, nessa visão de
Agostinho e Calvino, se o predestinado é predestinado porque senão ao nascer
seria hábil ou se ele é inábil porque foi predestinado para o ser, indo para o
inferno; e no caso de ter sido agraciado (poder habilitar-se) lá no pré-natal ─
predestinado para salvação, ele aqui se manifestará como hábil para tal,
contrariando o preceito da inabilidade dessa mesma doutrina, que se apóia em
textos bíblicos ─; ou o pressuposto do que essa doutrina estabelece e
fundamenta é que para optar (livre-arbítrio) pela salvação o indivíduo terá que
ser predestinado. Total, não habilidade ou inabilidade, mas sim o que posso
chamar de uma espécie de “axioma contraditório reversível”. Complicadíssimo
demais, para ser verdade!
48
Quanto aos substantivos, eleição e escolha, lamentavelmente,
vê-se que foi usado por Calvino indevida e indiscriminadamente no
pré-natal para fundamentar a predestinação absoluta; quando, decididamente,
como absoluta não pode ou poderá ser doutrina bíblica, inclusive, como
mostrarei não poder haver escolha ou eleição no universo pré-natal (onde ou
quando ninguém ainda existe para se fazer a escolha); do que se conclui a priori não haver nenhuma relação entre
escolha ou eleição no texto sagrado com espermatozóides e óvulos no porvir
pré-natal e muito menos nos átomos de formação desses futuros seres.
49
O elenco de textos bíblicos listado como base para
essa sua doutrina é vasto, e indistintamente de maneira pouco consistente se
cria a idéia de eleição e escolha a partir do pressuposto de serem os
escolhidos os previamente predestinados para serem iluminados, em detrimento
dos predestinados para a escuridão. Objetivamente para concluir essa rápida
ponderação citarei somente dois textos que são parte do elenco de fundamentação
da predestinação: um no Antigo Testamento e outro no Novo, que decididamente
não têm nada a ver com o fundamentar dessa doutrina, pois são textos
específicos que esclarecem de modo claro; objetivos e posicionamentos de Deus
bem posteriores ao início da criação, como o são muitos outros textos listados
simplesmente em função do etimológico ─
estabelece que eleição e escolha é isto, tudo bem! Entretanto, não de
fato nessa exata direção. O texto do Antigo Testamento é o de Deuteronômio 7.
6-8, que pela sua extensão, reproduzirei algumas partes ─ (...): o Senhor teu Deus te escolheu, (...). O Senhor não tomou
prazer em vós nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que todos os
outros povos, pois éreis menos em número do que qualquer povo; mas, porque o
Senhor vos amou, e porque quis guardar o juramento que fizera a vossos pais,
foi que vos tirou com mão de forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão
de Faraó, rei do Egito. Lendo todos os três versículos, constata-se de
maneira clara a especificidade do texto, e no verso oito é literalmente dito
por Deus que a escolha estava solidariamente ligada à promessa feita
anteriormente a Abrão, de quem descende o povo judeu. Sendo redundante, esse
texto é pleno, claro e exatamente específico e não a leitura histórica paulatina
desta indevida teologia universalizante de Calvino, a quem respeito muito no
geral.
50
O texto do Novo Testamento ─ também claro e plenamente
específico ─, do Evangelho de João 15. 16 ─ Vos não me escolheste a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei,
para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, afim de que tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. Objetivamente, e já
trabalhei isso nos subtítulos sobre sistematização, a partir do texto de Isaías
28. 9-13, que a principal vertente para interpretação é a da contextura como
está no meu primeiro Blog, com o título de Considerações
Iniciais ; também encontramos nos três Evangelhos chamados sinópticos, o
chamado ou a escolha dos seus discípulos. É exatamente isto que Jesus diz
através de João, no texto acima. Estes, como muitos outros textos na Bíblia,
são exata e totalmente específicos, tanto que afirmo de maneira categórica,
serem específicas, praticamente metade das informações bíblicas ou muito e
muito do que se tem usado como base para formular doutrinas e conceitos, o são
de maneira indevida e pouco sustentável à luz de uma hermenêutica correta. Mais
uma vez, insisto e grito a plenos pulmões que a nossa atual teologia é a do uso
indevido de textos específicos, de catálogos e da metafísica dos filósofos
gregos; isso se falando de teologia séria. Quanto àquela que não é séria,
não vale nem a pena comentá-la do ponto de vista estrutural, porquanto é
expediente de mercenários para enriquecerem-se por meio do Evangelho.
51
O texto do evangelho de João, reproduzido acima, diz
literalmente que Jesus escolheu aqueles pescadores para serem discípulos e
posteriormente apóstolos ou enviados, e decididamente não pode ser usado
para concluir-se predestinação ou muito menos escolha para a salvação, até
porque ─
se é que temos entendido o que lemos, como perguntou Filipe àquele eunuco (Atos 8. 30);
os que são colocados por Deus em algum trabalho, primeiramente foram salvos. Os
discípulos como muitos outros que seguiam a Jesus eram salvos, todavia, embora
Jesus tenha também listado e incumbido de pregar, indo de dois em dois a de
igual modo (como os doze), setenta discípulos (Lucas 10. 1-12), foi, de maneira
particular e específica que ele “escolheu” a doze, conforme o texto acima.
52
A questão especificidade é algo muitíssimo sério,
sendo a sua não observância um dos grandes fatores geradores de heresias ou
pelo menos um entendimento não suficiente e verossímil de muitos assuntos de
suma importância.
53
Eu disse em parágrafo anterior, que mais da metade das
informações bíblicas, são totalmente específicas. Em função deste fato, farei
uma rápida análise da conversa de Jesus com seus discípulos, que está
registrada no Evangelho de João, do capítulo 13 ao 17...
54
No capítulo 13, tem-se a ação e ritual específico, na
cerimônia do lavar os pés dos discípulos, que foi, é e continuará específica
pelos séculos dos séculos, quanto ao de fato ritual ─ que é uma alegoria ou até
uma parábola representada, que visou mostrar a necessidade da humildade,
principalmente dos líderes. Não interessando se os papas e alguns líderes
evangélicos assim têm agido, “porque querem aparecer”...
55
Nessa parte do capítulo 13 teve-se o ritual específico
(o lava pés) de Jesus e seus discípulos, e por extensão, o ensinamento
universal, do princípio da humildade, conforme João 13. 12-17. Depois, Jesus
indica aquele que o trairia, fala da sua partida (morte), e do amor que deveria
existir entre os discípulos ─ isto e o ritual, são específicos no texto, mas
como princípio é universal, tem e terá a ver com cada um de nós...
56
No capítulo 14, temos no início a famosa pergunta de
Filipe, que indevidamente é usada para fundamentar a doutrina da trindade ─ vale
à pena ler, em contraposição a isso, João 14. 28 e todo o capítulo 17,
principalmente João 17. 21-23 ─, que
responde objetivamente a questão indevida de “Jesus e o Pai serem um” (esta
doutrina); por fim, na metade do capítulo 14, Jesus fala do início do ministério
do Espírito Santo...
57
O capítulo 15, do qual destaco o versículo dois, em
contraposição ao uso dos substantivos escolha e eleição (do versículo
dezesseis) para fundamentar predestinação; digo também que a informação desse
versículo é específica, e agora de maneira mais abrangente digo que todo o
capítulo 15 é específico. Tendo os calvinistas
que concordar comigo; senão terão um problema muito sério quanto à
predestinação que visam legitimar com este versículo (o dezesseis), pois
entendendo toda a didática desta construção do capítulo 15, como fonte de
fundamentação da predestinação absoluta teria então, também a clara
fundamentação (no versículo dois) de que a salvação depois de conseguida pode
ser perdida ─ que não cabe ou caberia nesta doutrina do calvinismo...
58
No capítulo 16, Jesus fala do início da missão do
Consolador, o Espírito Santo, e faz uma espécie de retrospecto de toda a sua
missão redentora, também da sua próxima partida, crucificação, ressurreição e
ascensão, fazendo-o de maneira bastante objetiva, que fez os seus discípulos
constatarem o seguinte: (...) Eis que
agora falas abertamente, e não por figura alguma...
59
O capítulo 17 ─ que é uma oração de Jesus ao Pai. Do
versículo um ao de número oito, Jesus faz uma espécie de prestação de contas do
seu ministério ao Pai; do versículo nove ao dezenove, fala especificamente
sobre os discípulos, e a partir do versículo vinte, até o de número vinte e
seis fala de maneira abrangente, universal e diretamente válido para todos nós,
quando inclusive, no versículo vinte, faz na oração o pedido ao Pai por todo
aquele que posteriormente viesse aceitá-lo como salvador...
60
Apenas como lembrete, pois iremos estudar (eu e você
que está lendo) de maneira plena sobre a improcedência da Doutrina da Trindade;
os versículos seis ao doze do capítulo 14 são usados para fundamentar que Jesus
e o Pai “são a mesma pessoa.” Já que você está lendo novamente o capítulo 14,
aproveite e leia o versículo vinte e oito deste mesmo capítulo...
61
O lembrete a que me refiro, e o fazer a comparação dos
versículos seis a doze do capítulo 14, com os de vinte ao vinte e seis do
capítulo 17 do mesmo Evangelho de João. Entenda também, que há conexão de
Calvino e a chamada Doutrina da Trindade, pois Calvino, embora tenha sido um
dos maiores expoentes da reforma ou o que a sistematizou; pesa sobre ele o ter
consentido na morte de um dos seus três oponentes doutrinários ─ Castélio, que
era humanista e Bosec opunha-se à doutrina da predestinação ─, já Servetus, o
unitário, ousou atacar a Doutrina da Trindade, por este motivo foi queimado
vivo em praça pública, com o consentimento de Calvino, (vide, História das Religiões de
Charles Francis Poter). Reforçando, quanto ao lembrete e comparação; nos
últimos versículos do capítulo 17, temos a explicação claramente didática de
como entender “Jesus ser um com o Pai”, como nós podemos ser uns com os outros
e “também um com Eles”, coisa que irei trabalhar detalhadamente em Blog futuro.
Tome todo cuidado com estas interpretações bíblicas tendenciosas que se
extremam no etimológico para fundamentar idéias particulares, porque se nós não
agregarmos o real entendimento semântico ao “Jesus ser um com o Pai” (João 10.
30 e 14. 10) e “nós sermos um juntamente com Jesus e o Pai” (João 17. 20-22),
na leitura literal (o etimológico) sem considerar a semântica este entendimento
seria exatamente o Panteísmo de Baruch
de Spinoza (no qual, tudo e todos é Deus) e não o Evangelho de Jesus...
62
Para concluir
essa pequena parte específica sobre escolha e eleição, usarei o texto de
Efésios 1. 4 ─ como
também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor; esse texto e os dois versículos
subseqüentes, como também o de Romanos 8. 29-30, que Calvino mistura
indevidamente eleição e escolha de maneira efetiva; onde, nestes e outros
textos, a predestinação, escolha e eleição, é uma construção retórica, que
visou mostrar os propósitos de Deus na criação dos seres humanos. Que agora reproduzindo os versículos 5, 6 e
10 ─ e nos predestinou para sermos
filhos de adoção por Jesus Cristo, para
si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade, para o louvor da glória da sua
graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. Para a dispensação da plenitude
dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão
nos céus como as que estão na terra. Como tenho explicado ─ até pelo fato, da predestinação ser o
entendimento mais estudado no decorrer da história ─, na realidade as terminologias
para a condição de cada indivíduo à luz da teologia, deveria vir do termo
predestinação, como já tenho ponderado e vou concluir ao final deste Estudo. E
quando Paulo no versículo cinco (o transcrito acima) diz que Deus nos
predestinou; está exatamente dizendo que Deus predestinou toda a raça humana
para a salvação (João 3. 16-18). E de forma perfeitamente literal (no seu
entendimento semântico); eu e aqueles que aceitam a Jesus como salvador,
exercendo o livre-arbítrio, para o qual fomos intencionalmente fôramos
predestinados (antes da fundação do mundo) para essa opção, daí sermos adotados
como filhos de Deus em Cristo Jesus, quando o fazemos sinceramente.
63
Também (ele Paulo) conclui: que todo esse entendimento
se deu no ministério do Senhor Jesus ou na “plenitude dos tempos” (Efésios 1.
10 e Gálatas 4. 4), que torna simples e elementar o plano de Deus, que tem por
regra o livre-arbítrio. Predestinados para a salvação, com o direito de escolha
ou não (regra optativa), até porque, nós, seres humanos, somos os que decidem
se queremos ou não a salvação em Cristo.
64
Depois de estudarmos juntos: nos parágrafos anteriores
sobre semântica e o uso objetivo dela por Jesus e por Paulo, creio que podemos
agora falar do necessário conhecimento ou arte da hermenêutica. Quando digo
arte ao me referir ao saber lidar com esta importante ferramenta que é a
hermenêutica, isto se fundamenta na habilidade inerente àquele que de fato a
sabe trabalhar ou exercitá-la (que se constitui num dom) plenamente e por meio
dela chegar ao verdadeiro conhecimento. Digo isto, porque o vício da
exacerbação da etimologia tolhe o ver da hermenêutica, como por exemplo, os
textos de Romanos 8. 29-30 também Efésios 1. 4-5 e 1. 11 ambos de Paulo e
exatamente com o mesmo conteúdo , nos quais predestinação tem valor semântico
que contempla o livre-arbítrio, justamente pelo razão hermenêutica de Paulo não
crer e aceitar a predestinação no seu sentido etimológico como defendido hoje,
senão vejamos: Paulo, na mesma carta aos Romanos (ditada por ele e escrita por
Tércio, Rom. 16. 22), que é um tratado sobre livre-arbítrio, senão veja Rom. 3.
9 em diante, até o final do capítulo 10, no qual, no versículo 9 é dito Porque, se com a tua boca confessares a
Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo. Também leia Romanos 5. 1-11, que é a saga da
justificação e salvação em Cristo Jesus, que não se ajusta de forma alguma à
leitura etimológica de predestinação na boca de Paulo, como também Efésios 1.
13 e de igual modo Efésios capítulo 2. 1-10, que todos nós conhecemos de cor e
sabemos que nele (este texto) é ensinado que a salvação vem pela fé e não pelo
fato de alguém ser predestinado para tal.
65
Em todas as línguas há este fenômeno semântico, de uma
determinada palavra ter o seu significado com parâmetros do contexto do texto,
que por meio da hermenêutica se identifica com facilidade, como por exemplo,
qualquer um de nós sabe previamente qual o entendimento de democracia entre um
liberal e um socialista, embora no discurso de ambos esteja a palavra
democracia, daí é fácil concluir que quem crê em livre-arbítrio, quando fala de
predestinação há que se entender em que sentido semântico esta afirmação foi
feita...
66
Que nos casos de Romanos 8. 29-30 e Efésios 1. 4-5 e
1. 11 (que são textos quase que exatamente iguais), o entendimento de
predestinação, não é a de que todos foram predestinados com destinos já
definidos e sim na intenção de Deus de que todos se salvem: como diz Pedro em
II Pedro 3. 9d (...) não
querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se. Daí,
a leitura de I Pedro 1. 2 deve passar pela mesma avaliação semântica que
reclamo para as falas de Paulo, porque como se viu neste texto e nas diversas
falas de Pedro registradas nos evangelhos e em Atos, o seu pleno entendimento e
alinhamento com o livre-arbítrio ensinado por Jesus.
67
Pense e analise com toda calma, que entendida a
questão semântica da interpretação do termo (substantivo, palavra)
predestinação e suas derivações; os demais argumentos calvinistas se tornam
muito frágeis e até inconseqüentes. E agravando esta questão da ferramenta (arte,
habilidade) hermenêutica, no que trabalhamos mais a vertente semântica.
Incorpore a isto vou falar de coisas que não são bem trabalhadas no ensino de
hermenêutica nos Seminários , a importante informação e vertente a ser
ponderada que é o endereço (a quem se fala) da informação do texto; que
invariavelmente demandará conhecer o perfil do receptor e identificar
plenamente o que é específico ou universal (diria Immanuel Kant, a priori) na informação dada. Estas e
outras pequenas coisas da hermenêutica, quando ignoradas, têm produzido um mar
imenso de heresias, mesmo entre teólogos e igrejas sérias, que seria o que
Aristóteles chama de paralogismo (erro
não intencional).
68
De todo o detalhamento anterior (e o que posteriormente
será feito) de todas as nuances dos objetivos da criação de nós humanos. Dito
isto, com relação à criação dos humanos; como já dissera e reiterei em
parágrafos anteriores, é que no momento em que Deus decidiu a criação da raça
humana, obviamente este e nenhum outro ser humano existiam no passado, para ser
colocado no futuro. Daí é sem nenhum nexo se pressupor ou especular a idéia de
escolha ou eleição para um universo de pessoas que não existem ou existiam.
Escolher ou eleger quem, de que grupo? Ou será que não sabemos o que é escolha
e eleição? Ou será que os calvinistas
nos dirão que a escolha ou eleição feita por Deus se dá, entre os diversos
óvulos e espermatozóides, os zigotos, embriões, fetos (até aqui a eleição ou
escolha seria intra-uterina), nascituros e por fim, o indivíduo, este sim, em
quem escolha e eleição é exatamente isto, no indivíduo, com está no texto
sagrado, não para a salvação ou perdição e sim para determinados encargos Deus
escolhe pessoas que se disponibilizam para tal, com Isaías 6. 8 ─ Depois disso ouvi a voz do Senhor, que
dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui
envia-me a mim... Convém, porém ressaltar e reiterar que escolha levando-se
em conta o pressuposto do uso de textos bíblicos (como o fez Calvino) para a
sua fundamentação terá que ser invariavelmente a partir da idéia dela ser feita
entre indivíduos. Sendo impertinente repetitivo; se eles não existem ainda no
passado (pré-natal), como poderá se dar esta dita escolha?
REITERAR E EXPLICAR UM
POUCO MAIS
69
Creio já ter estudado junto com você que
esta lendo este pequeno Trabalho o suficiente para entender o assunto.
Entretanto, vou fazer agora um pequeno retrospecto do que já falei sobre a dita
“inabilidade e a escolha ou eleição” na visão calvinista.
70
Como tenho afirmado no decorrer do
estudo, não há base bíblica ou não é possível construir argumentação de fato
coerente dentro da Bíblia para a idéia e denominação Total Depravação e Inabilidade para a Salvação e a Escolha ou Eleição, nesta regra não
bíblica.
71
Quanto a este primeiro ponto, total
depravação e inabilidade para a salvação; nos diversos textos no Antigo e Novo
Testamento aparece o perfil do procedimento do ser humano, que indica de
maneira clara a nossa predisposição, de nós os humanos, para a prática do que é
errado; coisa essa que Calvino resolveu denominar de Total Depravação e Inabilidade para a Salvação.
72
Um desses textos listados por Calvino,
que é o de Romanos 3. 10-18 ― como está
escrito. Não há justo, nem um sequer. Não há quem entenda: não há quem busque a
Deus. Todos se extraviaram: juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o
bem, não há nenhum só. A sua garganta é um sepulcro aberto, com a língua tratam
enganosamente; peçonha de áspide está debaixo dos seus lábios; a sua boca está
cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
Nos seus caminhos há destruição e miséria; e não conhecem o caminho da paz. Não
há temor de Deus diante dos seus olhos. Este texto tem a sua referência em
dois Salmos, o de número 14 e o 53 (que são mais ou menos iguais). Citei este
texto da carta de Paulo aos romanos, justamente por ele representar o Antigo e
Novo Testamento de forma concomitante, como fiz com os dois textos sobre
escolha ou eleição.
73
E voltei a este assunto para lhe dar ou
melhorar a visibilidade da improcedente idéia dessa dita inabilidade para a
salvação, porque (sendo repetitivo) se a inabilidade para a salvação fosse
verdade bíblica, isto tornaria nula a predestinação para a salvação. O que torna
a inconseqüente conclusão radical de Calvino quanto à depravação total do ser
humano; simplesmente a predisposição humana para o pecado, conhecida plenamente
por Deus ─ tanto que proveu a sua justificação no sacrifício de Jesus na cruz
─; e usando muitos dos seus servos, no decorrer da história, explicou esta
nossa carência, que não é inabilidade ou total depravação e incapacidade para
salvação, e sim a nossa inimizade para com Ele, Deus, que se rompe (acaba) ao
aceitarmos a Cristo como salvador.
74
Sendo repetitivo e repetitivo, por ser esta
a terceira vez que estou explicando esta vertente ou ponto. Considerando ou
pressupondo a total inabilidade humana para a salvação, a partir do que o texto
sagrado informa sobre o contumaz desejo de pecar dos seres humanos; teríamos
não a legitimação da Predestinação absoluta
ou até poderia assim ser num dos casos, pelo fato da total inabilidade para
a salvação, somente ou exatamente explicar a predestinação unicamente para a
perdição, como seria lógico concluir neste pressuposto.
75
Escolha ou Eleição (grego, ̉εκλεκtóς),
como qualquer um de nós sabe de cor corresponde a opção (escolha) por esse ou
aquele em detrimento de outro ou outros, que sendo repetitivo, não poderá ser
exercida ou feita entre indivíduos que não existem (o óbvio) e sim, exatamente
entre pessoas que já existem, que já nasceram (pós-natal) e não pré
destinados (antes de nascer, pré-natal), pelo fato da predestinação não se
ajustar ao que verdadeiramente é pós-natal, que aí sim, poderia haver escolha
ou eleição e não predestinação.
76
Talvez eu esteja sendo demasiadamente chato
e repetitivo (tenho consciência disto), todavia, a intenção é exatamente
mostrar o espaço existente para se estudar e discutir este assunto; por que, se
eu estou discutindo o que já expliquei, porque também você que está lendo este
Estudo não tem ou terá posicionamento de peso (alguma idéia contra ou que
acrescente) ou indagações importantes sobre essa ou aquela vertente. Acredito
que sim e espero que assim aconteça. Vá em frente!
77
Depois desta trajetória consistente neste pequeno estudo
sobre a Predestinação Absoluta ─ que
foi feito exclusivamente a partir de textos e conceitos genuinamente
bíblicos ─; vale à pena e é interessante
que se faça agora uma pequena avaliação à luz da ótica humana de cada um de
nós; no que diz respeito ao que é justo ou injusto, misericórdia ou crueldade,
racional ou irracional, o lógico ou ilógico e até matemático ou aleatório.
78
Nós seres humanos somos os eternos sabedores de tudo.
Julgamos tudo e todos em todo o momento. Conseqüentemente na maioria das vezes
que se discute a predestinação; normalmente os que não conhecem esse assunto
com aprofundamento bíblico o contrapõem ─ legitimamente, na direção do livre
arbítrio, levando em conta tão-somente argumentos racionais. A priori (quando escrevo esta palavra lembro-me
de Kant) já informo que, pondero, pondero e pondero o que possa a princípio
parecer justo ou injusto no texto bíblico, até entendê-lo efetivamente.
79
Para mostrar essa verdade proposta aqui, vou construir
ponderações dentro dos pressupostos listados acima. Consideremos o primeiro:
justo ou injusto. Dentro desta avaliação da visão humana concluiríamos que não
seria justo da parte de Deus criar previamente pessoas para os céus e de igual
modo outras para o inferno, senão porque criar as do segundo destino, ainda
considerando que a maioria dessas pessoas optaria pelo que é mal. Sobre a questão
inferno e a perdição eterna, falarei de maneira profunda em um Trabalho
específico futuro.
80
Deus o Pai se mostra de maneira objetivamente clara,
de Gênesis a Apocalipse, como sendo bondoso e misericordioso, tanto que temos
em Lamentações de Jeremias 3. 21-22 ─ A
benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manha. Grande é a tua fidelidade. Do mesmo modo seria
difícil para qualquer um de nos entender a bondade e misericórdia de Deus, se
considerada a possibilidade Dele previamente ter criado alguns para salvação e
a grande maioria dos seres humanos para a perdição.
81
Quanto à racionalidade, há aqui algo gritante, porquanto
seria realmente irracional da nossa parte aceitar ou até conjeturar a
possibilidade de Deus primaria e paulatinamente ir criando um imenso contingente
de bilhões de seres humanos com o pressuposto de remetê-los
invariavelmente para o inferno. Não estranhe a gravidade dessa construção,
pois é exatamente isto que infere a viabilidade de Predestinação Absoluta.
82
Por fim, quanto ao lógico e matemático. Não seria nada
lógico pressupor que Deus vá criando bilhões; bilhões sim, de seres humanos,
sendo repetitivo, para preliminarmente garantir a uma pequena parte deles a
salvação e a outra parte maior, a condenação eterna. Não! Todos têm a garantia
da possibilidade de salvação (João 3. 16) ─ sendo isso lógico, racional,
misericordioso, justo e matematicamente
correto, como é o nosso Deus, que quer que o conheçamos por meio do sério estudo
da sua Palavra, conforme a parte b de Deuteronômio 29. 29.
83
Quando
falei de bilhões de pessoas nos dois parágrafos anteriores, foi porque, estando
eu aqui na conclusão desse assunto e numa avaliação dentro da visão lógica e
matemática, isto permite ou até torna necessário que se trabalhe com números
para que a ponderação fique mais evidente e conclusiva, todavia entendo que
estou aqui mais uma vez me estendendo em assunto, sobre o qual disse que não me
estenderia, entretanto, estou fazendo isto com o maior prazer, pois, estou
convencido de que este assim fazer irá no futuro motivar o interesse por
posteriores Trabalhos meus.
84
Agora de maneira objetiva, já tendo sido refutada a
idéia de predestinação absoluta. Busquemos entender a predestinação eventual
específica ─ que é a ensinada na
Bíblia e que corresponde exatamente a um número infinitamente menor, e o
entender agora esta de fato predestinação, isto, nos dará mais ainda subsídios
para o pleno entendimento do como é improcedente a predestinação absoluta e a
pertinência e seriedade do livre-arbítrio. Numa progressão ou soma dos que são
predestinados eventuais específicos, não aparecerá a evolução expansiva de P.
A. (progressão aritmética) e muito menos a de P. G. (progressão geométrica);
mostrando os predestinados eventuais específicos, os que cumprem
profecias, serem um número da ordem de bilhões de vezes menor quando da
comparação com todos os seres humanos que já viveram e morreram, somado aos que
ainda vivem.
85
Segundo a estimativa de população para 01 de Janeiro
de 2006 do U. S. Census Bureau, ela foi de 6.488.578.564, e a projeção para 01
de Julho de 2010 de 6.825.750.456 e projetando 9.224.375.956 bilhões de pessoas
para 2050. Levando-se em conta que já estamos em Janeiro de 2010 (quando transcrevi
esses dados para este estudo e Blog), posso com toda segurança trabalhar com
números redondos, dizendo ou reproduzindo a população de 6.500.000.000 ou ainda
6,5x108, seis bilhões e meio de pessoas; isso considerando as
pessoas vivas, que daria para a relação proporcional com os Predestinados Eventuais
Específicos, que são em número ínfimo, levando em conta a proporção com o todo.
Agora entendendo hipoteticamente que eles sejam 65 (sendo os comprovados na
Bíblia somente quatro), ou sendo mais liberal com esta idéia, que seriam 650
pessoas. Teríamos para eles, nessa conjetura a partir do número de vivos,
6,5x10-7 predestinados ou ainda, esses serem um milhão de vezes
proporcionalmente menor que os com livre arbítrio, ou 0,00001%, ou também
0,0000001 de vezes em proporção menor. Ainda nesta direção pensemos em todas as
pessoas que nasceram e já morreram; ─ e é aí que com certeza chegaríamos a
números da ordem de muitos bilhões para os que já viveram e morreram com o seu
livre arbítrio; considerando as muitas gerações dessas pessoas que aqui já
estiveram ─, e em conseqüência, o número
de Predestinados Eventuais proporcionalmente relativos a esse universo, a
quantidade deles seria também bilhões de vezes menor em proporção, ou em percentual
de proporção de bilhões de vezes nesta relação infinitamente pequena, como é
essa exceção à regra bíblica do livre-arbítrio.
86
Todas as vezes que falei sobre predestinação, disse de
forma objetiva, que a priori não
existe Predestinação Absoluta (de todos), quer seja, para a condenação ou para
a salvação; e sim de uns poucos, que são os predestinados eventuais específicos
ou aqueles que têm efetiva ligação com as profecias bíblicas. Ou ainda, isto
quer dizer exatamente, que sendo o livre arbítrio algo muitíssimo sério e regra
bíblica; quando Deus estabelece que alguma coisa irá acontecer no futuro; Ele
predestina ou faz nascer primariamente alguém para realizar este trabalho; como
nos casos do profeta Jeremias (Jeremias 1. 5), João Batista (Isaías 40. 3-5 e
Lucas 3. 4-6), Judas (Salmo 41. 9, Zacarias 11. 13, Atos 1. 18-20 e João 17.
12b) e Paulo (Gálatas 1. 15). Há alguns outros predestinados eventuais
específicos no texto sagrado que poderão ser facilmente identificados,
entretanto será muitíssimo difícil chegar ao número das 650 pessoas, que usei
como referência de cálculo para chegar ao número de bilhões de vezes
proporcionalmente menor; no caso dos predestinados eventuais específicos. Creio
que essa pequena ponderação com números, mostra de maneira clara a expressão
numérica proporcional ínfima dos predestinados nessa exceção à regra bíblica
que é o livre arbítrio. Reiterando e sendo repetitivo: por ser o livre-arbítrio
algo justo e muito sério e a regra bíblica quanto ao futuro dos seres humanos,
e ter sido necessário segundo o entendimento e determinação de Deus , o
mostrar de forma antecipada acontecimentos futuros (profecias) para ordenar e
respaldar todo o seu plano para a humanidade. Ele, Deus, se deparou com a sua
regra preestabelecida do livre-arbítrio, que apontava para o não de fato e
exato cumprimento das profecias, justamente por causa do livre-arbítrio, que
pudera, pode e poderia fazer com que ninguém fosse (aceitasse ou quisesse
cumpri-la) o ator das diversas profecias, que conseqüentemente não se cumpririam.
Daí concluir solenemente que sendo a predestinação absoluta heresia e algo com
tudo de ruim que busquei explicar neste pequeno Estudo, é a predestinação
eventual específica a exceção à regra do livre-arbítrio (necessária, portanto)
e não o privilégio deste ou daquele ou a crueldade contra aquele outro, e sim a
que predestina alguns indivíduos para cumprir profecias.
87
Avançando mais um pouco dentro da visão do lógico e
racional. É perfeitamente aceitável num bom argumento lógico, que nós seres
humanos fomos criados para suprir a redução de adoradores, quando da queda
(rebeldia) de Satanás e seus anjos. Sendo os anjos aqueles que serviam e servem
a Deus; com a rebeldia de partes deles; automática e verdadeiramente, o número
de adoradores de Deus diminuiu nessa exata proporção...
88
Isso permite concluir, que Deus tivera duas opções
básicas para a constituição moral dos seres humanos quando criados. Uma, a
primeira, a de que fossemos semelhantes a robôs, ou exatamente programados a priori para a total e irrecusável
obediência e adoração a Ele. A outra, a que fora adotado por Deus, ser regra, e
os seres humanos paulatinamente sendo criados com pleno livre-arbítrio, quando
cada indivíduo teve, tem e terá o pleno direito e liberdade de optar (João 3.
16-17) pelo servir a Deus e a seu Filho o Senhor Jesus eternamente ou não...
Aquele que é contestador e até quem gosta efetivamente de entender os porquês
das diversas coisas; possivelmente concluirá de maneira negativa, no sentido do
injusto, a opção por não servir a Deus. As respostas a estas possíveis ponderações
estão plenamente contempladas no estudo O
que se Possível Enganaria até os Escolhidos, do meu segundo Blog, quando
mostro biblicamente (a crise de Asafe no Salmo 73 e do povo de Israel em
Malaquias 3. 13-16) que Deus não persegue ou pune os que resolvem não adorá-Lo;
o que só acontecerá por “conseqüência” no dia do juízo final.
89
A conclusão desse raciocínio infere ou remete para o
fato incontestável, de que a existência de Satanás e seus anjos, até o juízo
final é perfeitamente lógica, e nos torna como peças importantes na vitória do
Senhor Jesus contra ele; que se amplia à medida que cada ser humano o aceita
como o seu pessoal salvador.
90
Essa primeira conclusão como você tem observado é a
partir do fato de que temos a regra livre-arbítrio. Diferentemente não existe a
mínima hipótese lógica e racional da predestinação absoluta; que se existisse;
a conseqüência, agora de forma lógica e racional, seria a de Satanás não poder
alegar motivo algum em por duvidas sobre o destino já previamente traçado de
cada pessoa; uns para a salvação e a maioria para o inferno, na qual, a sua
presença seria impertinente e descabida ou continuar este estado de coisas para
quê e por quê? A conclusão, lógica, racional, inteligente, objetiva e
contundente, é: Se de fato houvesse predestinação absoluta como defendem os calvinistas, Satanás e seus anjos já
estariam desde a criação do homem, ardendo no fogo eterno do inferno (Apocalipse
20. 10). Lamentável é que sistematicamente tenha-se na Mídia, ditos apóstolos
ensinando isto; que leva àqueles que têm consciência dos seus pecados a se
identificarem como predestinados para a perdição, e os entenderam o plano de
salvação e optam pelo deus provedor de todas as coisas, pregado por estes, a se
julgarem predestinados para a salvação, sem terem de fato se convertido a
Cristo.
91
Não creio nem aceito os meios escusos para se
transferir informações para quem quer que seja, todavia há uma forma que às
vezes ganha contornos não muitos nobres, que é a reiteração, que vezes outras tornamos
na indesejável “massificação”. Mas, quero falar da reiteração, que é legítima e
necessária; por este motivo a tenho praticado reiteradas vezes; e vou
fazê-lo neste final do estudo.
92
Como tenho sistematizado de maneira objetiva. A regra
abundantemente clara no texto sagrado é a do pleno livre-arbítrio. Que embora
esse substantivo não esteja literalmente presente na Bíblia; temos o que ele é
ou significa presente em todo o texto sagrado, de Gênesis a Apocalipse por meio
da óbvia opção do aceitar ou não aceitar ou o fazer ou não fazer, que cito dois
textos: um de Gênesis 2. 16-17 e Apocalipse 3.20, para sinalizar que podemos
encontrar farta informações quanto a isso reiteradas vezes em todo o cânon
bíblico.
93
Estudar e discutir o tema ou assunto predestinação é
coisa de suma importância, porque como é sabido, não foi o livre-arbítrio e sim
a predestinação, o assunto amplamente discutido no decorrer da história, desde
Agostinho até Calvino, o grande e importante sistematizador da fé cristã
contemporânea, que a sistematizou com absoluta, Predestinação Absoluta.
94
O interessante e decididamente relevante quanto a isto,
é que essa ostensiva maximização da predestinação no decorrer da história;
erradamente na efetiva contraposição ao livre-arbítrio, na realidade o valida e
até o coroa como regra; como mostrei no meu primeiro livro, Ceia, sim! Cruz, não! Quando se estuda
este ou qualquer outro assunto bíblico a partir da minha Concomitância do Contraditório, se chega, e a evolução histórica
desta discussão prova isto, à verdade bíblica da regra do livre-arbítrio, e ser
a predestinação exceção a esta regra, na denominação e medida que lhe dei, de Predestinação Eventual Específica.
95
De igual modo, considerando o que busquei desenvolver
anteriormente, quando disse, que não só Calvino, mas a quase totalidade dos
teólogos tem exagerado no valorizar a etimologia em detrimento da semântica;
pouco valorada nas figuras e alegorias no intrínseco do seu significado e a
também descabida valorização inadequada da filosofia (a qual uso na sua exata
medida como Paulo fazia), que na construção da sistematização dos cinco pontos,
passa como um trator por cima da semântica. Senão vejamos: Não vou comentar
exatamente nesta direção, mas sim no que poderia concluir como sistematização,
usando essas ferramentas na direção do melhor esclarecer.
96
Assim como é óbvio e elementar, ser um pneu; o
revestimento “predestinado” para compor a roda de um veículo. Diferentemente, o
Senhor nosso Deus ao criar os seres humanos; os criou predestinando-os
(numa visão semântica que contempla o livre-arbítrio) para a vida eterna; e
como já havia um pressuposto de rebeldia ─ porque a queda de Satanás e outros
anjos se deram antes da criação do ser humano
─, daí o Senhor nos criou com o mesmo livre-arbítrio tido pelos anjos (quando
parte deles se rebelaram) e nos sinalizou o elemento aferidor desse
direito de opção em Gênesis 2. 16-17 (árvore da vida), que remete para a
perfeita denominação que comecei a usar para isto no meu primeiro livro, que foi a de PREDESTINAÇÃO GLOBAL
OPTATIVA (como regra e com valor semântico diferente da de Calvino), que
analisada na sua construção etimológica, isso seria exatamente LIVRE-ARBÍTRIO
ou estar predestinado a querer ou não a salvação, adorar eternamente ou não a
Deus e a seu Filho Jesus, e a PREDESTINAÇÃO EVENTUAL ESPECÍFICA (a de fato
predestinação que existe semelhante a
de Calvino, mas não de todos , que
ocorreu e ocorre com pouquíssimas pessoas e não absoluta), de quem veio ou vem para
cumprir determinada profecia, por ser o livre-arbítrio coisa muitíssimo séria e
regra na Bíblia.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
97
Como informei duas vezes no início das considerações
sobre a Predestinação Absoluta, que
não comentaria os demais três pontos dessa doutrina, que são: 3º Redenção particular, 4º Chamada eficaz do Espírito ou Graça
irresistível, 5º Perseverança
dos santos ou segurança dos crentes; isto porque, como você poderá concluir
pela leitura dos títulos desses três pontos, serem informações ou explicações
que fatalmente se ajustam, tanto à idéia do livre-arbítrio como a da Predestinação Absoluta; por este motivo,
como já informei, vou deixar as explicações sobre esses três pontos, para um
trabalho futuro mais extenso (livro). No entanto, não se sinta frustrado ou que
eu não lhe tenha dado o imprescindível e necessário, porque exatamente assim
não foi; porquanto o que estudamos juntos sobre os dois primeiros pontos é o
que define a linha que divide livre-arbítrio e predestinação absoluta... Se
você está lembrando, o primeiro ponto é o que Calvino chamou de “total inabilidade
humana para a salvação”, cujos contornos da sua sistematização definiam por
conseqüência o predestinado para a condenação, e contraditória e com estranha
parcialidade a “eleição e escolha incondicional” estabelece quem ou quais são
os privilegiados que irão se salvar. Entendeu porque só trabalhei esses dois
pontos cruciais necessários ao entendimento desta dicotomia milenar, para qual
não tem havido pleno interesse em estudá-la de forma profunda?
98
Daí reiterar creio que pelo já estudado até aqui
podemos deixar para futuro um trabalho mais aprofundado e específico sobre
predestinação e todas as questões que de alguma forma esteja ligada a esse
assunto ─ quem sabe até detalhando passo a passo a idéia de cada líder do
passado sobre este tema ─ coisa que julgo de pouca importância ─, o que tenho
prometido. E se você não concordou com o
dito aqui por mim, se manifeste e discutamos este assunto para o nosso melhor
aprendizado e crescimento espiritual.
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A DOUTRINA
DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
O QUE É O PLC 122 OU A DITA
LEI HOMOFÓBICA? (sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O DITO CASAMENTO
GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO
EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE, ORIGEM
GENÉTICA DO
HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO
DE SUGESTÃO À FEITURA DE
LEI SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A
IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS LEGAIS, E PAI OU
MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS
BLOGS
SEXO ANAL NO
CASAMENTO É PECADO?
EXISTE
MALDIÇÃO HEREDITÁRIA? (inclui um estudo sobre crimes dolosos contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES
VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO VERSUS O
AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com
Sobre o amor Eros (lesbianismo, pederastia e o
heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de Platão, e Machado de
Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor (heterossexual), estudo
este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange ao amor Eros.
DOUTRINA
DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO
www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA MIL MEMBROS
OU O EVANGELHO
HORIZONTAL (+
sinopse sobre Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O
DÍZIMO II OU QUERO A BENÇÃO E FICAR RICO
A
NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO
E DO EVANGELHO ─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN
KARDEC
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
FINAL I
Esse é o meu vigésimo sexto Blog,
conforme expliquei no início nas Considerações
Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo
postar. Sendo que o seguinte a ser postado ─ contrariando o até agora anúncio
do Tema seguinte ─, será sobre aquilo que mover meu coração (cognição é o
correto) no momento. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros
quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você
em qualquer um deles; com um clique no link perfil
geral do autor (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá
ou nos endereços acima bastado para acessar cada um clicar no título
correspondente.
FINAL II
Quanto ao conteúdo dos
Blogs anteriores, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações
dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs
anteriores: Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado
não tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua
citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de
maneira justa e de acordo com a Lei.
Jorge Vidal Escritor autodidata